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Solar da Marquesa de Santos

Relatos dão conta que os detentores da posse do terreno onde foi construído o edifício o possuíam desde 1712. Documentos do século XVIII indicam a existência de quatro casas na Rua do Carmo (hoje Rua Roberto Simonsen) entre 1739 e 1754. A junção de duas dessas casas de taipa de pilão teria originado o Solar que ficava na esquina da Rua do Carmo com o Beco do Colégio (hoje fechado ao tráfego).

Em 9 de fevereiro de 1802, a casa foi comprada pelo Brigadeiro Joaquim José Pinto de Morais Leme.

O Beco do Colégio era uma das poucas passagens da cidade para a várzea do Tamanduateí e acabou se tornando o que hoje chamaríamos de ponto viciado de descarte irregular de lixo. Por conta disto, em 1821 o Brigadeiro construiu um portão fechando a passagem. A Câmara Municipal mandou derrubar o portão, mas a confusão continuaria nos anos seguintes e a passagem passou a ser conhecida como o Beco do Pinto em alusão ao brigadeiro.

Em 31 de maio de 1834, Maria da Anunciação Pinto de Morais Lara, filha herdeira do Brigadeiro, vendeu a casa para Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. Nesta época a casa passou a ser conhecida como o Palacete do Carmo.

Com a morte da Marquesa em 3 de novembro de 1867, a propriedade da casa foi passada para seu filho Felício Pinto de Mendonça e Castro.

Com a morte de Felício em 15 de julho de 1879, a casa foi posta em leilão e em 28 de maio de 1880 foi arrematada pela Mitra Diocesana que ali instalou o Palácio Episcopal.

Em 17 de novembro de 1909, o imóvel foi comprado pela San Paulo Gas Company que fez mudanças drásticas com demolições de diversas paredes e construção de anexos na época da aquisição e depois em 1935.

Em 1959, a San Paulo Gas Company é nacionalizada e passa se chamar Companhia Paulista de Serviços de Gás.

Entre 1967 e 1968, a Companhia Paulista de Serviços de Gás passa a ser administrada pelo município e recebe um novo nome: Comgás. Todos os imóveis que pertenciam à companhia, inclusive o Palacete do Carmo são transferidos para o município.

Em 1975, o edifício passa a ser sede da Secretaria Municipal de Cultura e alguns de seus departamentos como o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), criado neste ano.

Hoje em dia, o Solar da Marquesa de Santos abriga atividades museológicas e a sede do Museu da Cidade de São Paulo.

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