Museu de Arte Sacra de São Paulo
O Mosteiro da Luz, complexo que abriga o Museu de Arte Sacra, foi erguido no século XVIII pelo franciscano Antônio Sant’Anna Galvão, mais conhecido como Frei Galvão, o primeiro santo católico nascido no Brasil. A construção teve início em 2 de fevereiro de 1774 e substituiu a antiga capela construída em homenagem a Nossa Senhora da Luz, no início do século XVII.
Frei Galvão, ao acreditar que a atual Avenida Tiradentes seria uma via importante para a cidade, alterou a entrada do prédio durante a obra, motivo pelo qual o altar da igreja se encontra à esquerda de quem entra e não à frente, como o de costume.
A origem do acervo do Museu da Arte Sacra remonta ao início do século XX, quando o primeiro Arcebispo de São Paulo, dom Duarte Leopoldo e Silva, com o intuito de preservar as obras nacionais religiosas, fundou o Museu da Cúria.
Em 1943, o Mosteiro da Luz foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Criado pelo decreto-lei de 28 de outubro de 1969, o Museu de Arte Sacra de São Paulo reuniu o acervo da Cúria e do Governo Paulista, e abriu suas portas ao público em 29 de junho de 1970, ocupando a ala esquerda do convento que foi reformada para receber o museu.
Em 1974, o prédio que abrigava o antigo Museu da Cúria, localizado na Rua Santa Teresa 17, foi demolido pela gestão do prefeito Miguel Colassuono, que desapropriou o terreno para utilizá-lo como canteiro de obras do futuro Metrô.
O Museu de Arte Sacra conta hoje com mais de 18 mil peças datadas entre os Séculos XVI e XX. Dentre elas, encontram-se obras de Aleijadinho, Almeida Júnior e Benedito Calixto.
Além do museu, o complexo do Mosteiro da Luz conta ainda com o túmulo de Frei Galvão, que atrai milhares de peregrinos e romeiros à Capela Frei Galvão; e o convento da Ordem das Irmãs Concepcionistas, que vivem em clausura.